Síria. EUA pedem proteção dos civis, incluindo minorias, em ofensiva rebelde
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou para a proteção dos civis na Síria, onde os rebeldes estão a conduzir uma ofensiva relâmpago, com o apoio da Turquia.
Numa conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, "Blinken sublinhou a importância de proteger os civis, incluindo os membros das minorias, na Síria" e falou da "necessidade de uma solução política para o conflito", declarou, na sexta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
Na sexta-feira, o Ministério da Defesa sírio indicou que o exército e os aviões de combate sírios e russos bombardearam "veículos e concentrações terroristas" na província de Hama, controlada pelos rebeldes.
A Síria e a aliada Rússia estão a tentar repelir o avanço dos rebeldes, que lançaram uma ofensiva contra o Governo do Presidente Bashar al-Assad em 27 de novembro.
A coligação de fações extremistas, liderada pelo grupo Organização de Libertação do Levante, um ramo da antiga filial síria da rede terrorista Al-Qaida, conseguiu tomar na quinta-feira a cidade de Hama, a quarta maior do país, poucos dias depois de ter conquistado Alepo.
O objetivo dos rebeldes é derrubar o regime de Bashar al-Assad, disse o respetivo líder, Abu Mohammed al-Jolani, numa entrevista à televisão norte-americana CNN.
"As sementes da derrota do regime sempre estiveram nele. Os iranianos tentaram reanimá-lo, ganhando tempo, e mais tarde os russos tentaram reforçá-lo, mas a verdade continua a ser a mesma. Este regime está morto", acrescentou.